Blog do Prof Nescau

terça-feira, 31 de julho de 2012

Hidratação


Por: Nutricionista Débora Mocelin CRN 1466
Especialista em Nutrição Esportiva (UGF-RJ)
Especialista em Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional (UNICSUL)
Consultório: (41)3024-1015 – 9904-1258
E-mail: debora.mocelin@gfassessoriaesportiva.com.br

 A água é o nutriente mais importante do corpo humano, pois além de ser o solvente natural para os produtos da digestão, ajuda no controle das reações do metabolismo como: regulação da temperatura, volume sanguíneo e transporte de nutrientes para dentro das células.

Distribuição de água corporal:

Água Corporal
Peso Total 66%
Intracelular
37%
Extracelular
24%
Plasma sanguíneo
5% do peso total
Músculo bem hidratado
Aproximadamente 70%
Ossos
32%
Gordura
Aproximadamente 10%
Sangue
Aproximadamente 93%


Água X Exercício
A prática de exercício físico, provoca a queima de calorias, perda de água    ( em grande quantidade ) e sais minerais por meio da transpiração e do aumento da respiração cutânea.

Durante o exercício físico, os músculos geram calor, podendo produzir 20 vezes mais calor do que quando estão em repouso. O calor aumenta a temperatura do corpo inteiro ocorrendo a sudorese. Quando o suor evapora, a pele esfria, conseqüentemente, o sangue e a parte interna do corpo também ficam mais frios, ou seja, é a maneira do corpo perder calor e manter a temperatura corporal constante. Quando o corpo sua, ocorre grande perda de água do sangue, que se torna mais concentrado e fica com nível de sódio mais alto, ocorrendo a sensação de sede. A sede é um indicador de que o corpo está necessitando de água e se não ocorrer a reposição do suor perdido, ou seja, se não haver a ingestão de líquidos, o balanço de água corporal se desequilibra e, como decorrência, o corpo pode ficar superaquecido.

Em função desse superaquecimento ocorre a desidratação, ou seja, a perda de líquidos do corpo excede a 1% do peso corporal. A capacidade de trabalho e o controle da temperatura começam a diminuir a partir de 2% da perda do peso.

Como resultado, progressivamente surgem vários sintomas como:
-  Elevação da temperatura corporal;
- Sede;
- Fadiga;
- Pele seca
- Redução do fluxo urinário ( urina escura – concentrada e em pequeno volume ) e do suor;
­- Irritabilidade;
- Redução da coordenação motora;
- Freqüência cardíaca elevada;
- Confusão mental;
- Dores de cabeça;
- Queda da capacidade anaeróbica e aeróbica;
- Menor desempenho muscular;
- Choque Térmico.

A desidratação prejudica a performance no treino e na competição, além de ser um risco para a vida.

Os atletas devem estar atentos, pois a sua perda de líquido e eletrólitos é maior que a do indivíduo normal.  Por isso não se deve esperar que o organismo sinta sede para se reidratar, garantindo a ingestão de líquidos antes, durante e após os exercícios, para reposição de perdas. O principal objetivo da hidratação durante o exercício físico é evitar que ocorra desequilíbrio hidroeletrolítico e conseqüências do aumento da temperatura corporal, causados pela desidratação, que leva à diminuição da capacidade de execução do exercício e prejuízo à saúde. Mas não é só o atleta que deve cuidar da sua hidratação, as pessoas que levam uma vida sedentária, transpiram o dia todo e precisam beber, no mínimo, dois litros de água por dia.
A água pode ser uma boa opção para a reidratação durante o exercício físico, já que é facilmente disponível e ocasiona um esvaziamento gástrico relativamente rápido. No entanto, para atividades mais prolongadas ou ambientes muito quentes, apenas a água não é suficiente. Estudos comprovam que uma mistura apropriada de líquidos com carboidratos e eletrólitos podem melhorar o desempenho do atleta. O objetivo da  inclusão de eletrólitos nas bebidas esportivas ou bebidas isotônicas é a reposição do que foi perdido no suor. Quanto aos carboidratos, estes além de melhorarem a palatabilidade, têm um efeito mínimo no esvaziamento gástrico e estimula a absorção de líquidos e eletrólitos no intestino delgado. Pesquisas mostram que 6 a 8% de glicose ou polímero de glicose com pequena quantidade de sódio em uma solução isotônica são absorvidos rapidamente e ajudam a manter os níveis sanguíneos de glicose durante o exercício.

Principais objetivos das bebidas repositoras:
- Repor a água perdida pela sudorese;
- Fornecer energia através dos carboidratos;
- Reposição de eletrólitos perdidos pelo suor;
- Diminuição ou eliminação dos efeitos prejudiciais de distúrbios fisiológicos impostos ao organismo pelo exercício;
- Aumenta o paladar fazendo com que ocorra maior ingestão do líquido.

Durante o período de treinamento, é importante que o atleta se habitue a um esquema de hidratação para evitar transtornos durante a competição.

A  reposição de líquidos / fluídos para quem pratica exercícios deve ser da seguinte forma:
2 horas antes do exercício
Ingestão de 500ml de líquidos
Durante o exercício
Consumir 150 a 300ml de líquidos a cada 15-20 minutos
Após o exercício
Ingerir 1 litro de líquidos por quilograma de peso perdido
  Antes da próxima prática 2 horas antes do exercício:
Repor pelo menos 80% de peso perdido.


As bebidas esportivas são recomendadas para atividades físicas prolongadas com duração superior a 60 minutos.

Como saber se a pessoa está hidratada ou não ?
Uma maneira bem simples é examinar a cor e a quantidade da urina. Se ela estiver muito escura e em pouca quantidade, significa que está concentrada com elementos de excreção e é necessário beber mais líquidos. Quando a urina estiver amarela pálida é porque seu corpo devolveu o seu equilíbrio de água normal, significando que a pessoa está hidratada.
Outro modo para monitorar a perda de suor é pesar o atleta antes e depois do exercício. Para cada quilo perdido, deve-se beber pelo menos 4 xícaras de líquido.

A hidratação é um dos fatores mais importantes durante a realização de exercícios, mas devemos tomar cuidado com o seu excesso!!

Excesso de água =  Hiponatremia

Alguns atletas acabam se preocupando demais com a hidratação, ocasionando uma aceleração da diluição do fluido extracelular, principalmente quando a água é usada como o líquido para a reposição hídrica resultando num aumento na quantidade de água corporal que os rins não conseguem compensar, combinado com uma baixa no conteúdo de sódio do corpo, ocasionando a hiponatremia.
No entanto, não podemos deixar de nos hidratar, só não podemos exagerar na cautela com a ingestão de água, afinal tudo que é demais faz mal.

Mas afinal, qual é o mais indicado no exercício, ingerir água ou bebidas esportivas?
Se o treino é  de alta intensidade e dura mais do que 60 a 90 minutos, você precisará repor os eletrólitos perdidos além da água, sendo o mais indicado o consumo de bebidas esportivas ou isotônicas.


Referências Bibliográficas:

CLARK, Nancy. Guia de Nutrição Desportiva: Alimentação para uma vida ativa. 2ªedição. Editora ArtMed. Porto Alegre 1998.












sexta-feira, 27 de julho de 2012

O CAMINHO CORRETO PARA MUDAR O CORPO DA MULHER A INTENSIDADE TOTAL

Por: Prof. Waldemar Guimarães



Cada vez mais mulheres ao redor do mundo veem aprendendo que o treinamento com pesos é capaz de construir um corpo forte, proporcional e muito feminino. Finalmente estamos quebrando a estorinha de que mulheres e treinamento com pesos é algo incompatível. Para aquelas que ainda têm receio que se formem montanhas de músculos como a da categoria bodybuilders que aparecem em revistas, saibam que é bem impossível que isto ocorra caso estas não faça o uso de algumas drogas, treinem específico para isso e tenham uma genética muito especial. 

Apesar da insistência de parte da mídia mal informada, parece cada vez mais óbvio para a maioria das pessoas envolvidas com treinamento sério, que qualquer mulher desejando ficar em forma ( perder peso em gordura e construir músculos mais fortes ) devem considerar o treinamento com sobrecargas fundamental.

Absolutamente, não existe uma forma de treino globalmente mais eficiente, tudo depende da empatia da pessoa com a atividade com que se envolve, algumas pessoas se envolvem com yoga, outras com a dança ou artes marciais. Algumas aulas de sala não podem ser desconsiderados, mas se você quiser, literalmente, esculpir o seu corpo a musculação a Intensidade Total é insuperável.

Tão logo a mulher cheque aos 20 anos de idade ( a não ser que tenha uma genética muito favorável) começa a desenvolver um corpo em forma de pêra (o quadril ficam mais largos do que o ombro). Suponha que à partir dai uma garota comece com uma destas dietas de revista e parta para horas de malhação nestas aulas de academias mais atividades como esteiras e bicicletas estacionárias.

Sabe o que ela conseguirá? No máximo se tornar uma pêra menor!

Mas a musculação aliada a uma dieta precisa pode delinear o seu corpo, construir ombros mais largos pernas e braços mais fortes.

Quando você treina com pesos, o seu corpo ganha mais massa muscular e o seu metabolismo acelera. Além disso, vários estudos demonstram que também o coração e ossos ficam mais fortes diminuindo os riscos de osteoporose, doença que afeta muitas mulheres em fase madura.

Tal logo uma mulher esteja convencida da eficiência do treinamento com pesos a IntensidadeTotal, o próximo passo é escolher exatamente que tipo de programa seguir. Infelizmente nesta área existem mulheres que acabam por seguir orientação ruim ou incompleta. Coisas como:
Se você deseja apenas tonificar a sua musculatura então que utilize pesos leves faça intermináveis repetições. Isto é completa balela! Treinamento efetivo para mulheres como para homens, guardadas as devidas proporções, deve ser intenso. Se você oferecer o estímulo adequado, isto sinalizará ao seu músculo que este se recomponha tornando-se maior e mais forte do que era antes.

Estamos convencidos, que musculação não apenas é o melhor meio para construir a musculatura, mas também para se perder gordura corporal. Para construir músculos você gasta energia, nos não construímos músculos enquanto treinamos, isto ocorre no repouso de recuperação. Enquanto o seu corpo se recupera, também gasta energia. Enfim, se acompanhado de dieta apropriada a musculação a Intensidade Total auxilia a emagrece.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

WHEY PROTEIN


Por: Nutricionista Débora Mocelin CRN 1466
Especialista em Nutrição Esportiva (UGF-RJ)
Especialista em Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional (UNICSUL)
Consultório: (41)3024-1015 – 9904-1258
E-mail: debora.mocelin@gfassessoriaesportiva.com.br



O termo Whey protein ( do inglês, proteína do soro) refere-se às proteínas isoladas do soro do leite. Essas proteínas são extraídas da porção aquosa do leite gerada durante o processo de fabricação de queijos e coalhadas. (1,2). Somente na década de 70 começou a ser pesquisado por cientistas, que passaram a estudar as propriedades dessa proteína que atualmente é conhecida como alimento funcional e de apreciáveis aplicações nutricionais. (2).

Existem diferentes tipos de produto à base de Whey protein disponíveis no mercado, que se diferenciam quanto ao processo de extração; digestibilidade e velocidade de absorção; teores de proteínas, gorduras, carboidratos, lactose e presença de substâncias bioativas. Os mais comercializados atualmente são 3 formas de Whey Protein:

- CONCENTRADA, obtida através de um processo de separação física, onde o produto acabado contém entre 25% e podendo chegar a 90% de proteínas;(2)
- ISOLADA, obtida por sofisticada técnica de separação química (troca iônica), contendo aproximadamente 95% de proteínas;(2)
- HIDROLISADA, forma em que as proteínas encontram-se hidrolisadas, ou seja, na forma de aminoácidos, possuindo alta digestibilidade e maior absorção.

Recomendações diárias de proteína embasadas em estudos e pesquisas.

Tipo de atividade
Recomendações*
Sedentários
0,8g/kg/dia
Exercícios de resistência
1,0 a 1,6 g/Kg/dia
Modalidades intermitentes
1,4 a 1,7 g/Kg/dia
Exercícios de força
1,6 a 2,0 g/kg/dia


Fonte: Campbell et. al. (3)
* Deve-se considerar para esses valores a ingestão de proteínas provenientes alimentação.
* Segundo Oben, Kothari e Anderson (4) uma dose de 15g consumida ao longo do dia de Whey protein devido as suas características pode ser suficiente.

A Whey Protein vem na maioria das vezes na forma de pó, sendo em potes com medidores com uma quantidade já considerada ideal. Isso simplifica e muito a vida de quem consome, pois são fáceis de comprar, preparar e estocar. Normalmente são preparadas com água, leite desnatado ou de soja. Para muitas pessoas a Whey Protein se tornou a fonte principal de proteínas devido a sua facilidade e qualidade.



CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Palatibilidade agradável;
- Praticidade pós treinamento
- Praticidade no dia-a-dia

CARACTERÍSTICAS DA COMPOSIÇÃO
- Alto valor biológico (1, 5, 6)
- Quantidade significativa de leucina (1, 7)
- Quantidade significativa de glutamina (aminoácido não essencial que promove efeito de volumização celular) (1, 7)
- Rica em BCAA’s (1,3, 7)
- Contém IGF-1 e IGF-2 (1, 11)

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS
- Rápido esvaziamento gástrico (1, 2, 3)
- Rápida absorção(1, 2, 3)
- Estimula a liberação de IGF-1 (11)
- Melhora a biodisponibilidade de alguns minerais (1)
- Aumenta o conteúdo de glicogênio hepático e muscular (6)
- Combate de mecanismos proteolíticos (5)
- Complemento para ressíntese protéica (3, 7)

QUAIS OS BENEFÍCIOS DO CONSUMO DE WHEY PROTEIN NO ORGANISMO DA MULHER
- Melhoria da saúde óssea
- Antioxidante (2)
- Aumento do tônus muscular (5, 7, 11)
- Previne a perda muscular – catabolismo (5)
- Manutenção da força  (13)
- Auxílio do sistema imunológico (3)
- Proteção do sistema cardiovascular (12)
- Atividade antimicrobiana (8)
- Interferência na % de gordura corporal (9)
- Melhora a biodisponibilidade de alguns minerais (1)
- Promoção da Saciedade (9, 10)

Sabe-se que o processo do envelhecimento está associado a inúmeras mudanças fisiológicas, entre elas a perda drástica da massa corporal magra, uma causa determinante para saúde e qualidade de vida (5). Sendo assim, Dawson et al. (5) exploraram os benefícios do aumento da ingestão protéica em idosos, testando diferentes tipos de proteínas, sendo a Whey protein eleita uma das melhores medidas de suplementação a essa população em virtude de seus aspectos digestivos e da eficiência na oferta de aminoácidos para síntese protéica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.    HARAGUCHI, F,K; ABREU, WC.; DE PAULA, H. Proteínas do soro de leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Ver. Nutr; 19(4): 479-488,2006.
2.    MARSHAL, K. Therapeutic applications of whey protein. Alt Med. Rev; 9 (20): 136-156,2004.
3.    CAMPBELL, B; KREIDER, RB.; ZIEGENFUSS, T. et al. International Society of sports nutrition positiion stand: protein and exercise. Jl Int. Soc. Sports Nutr; 4(8), 2007.
4.    OBEN, J.; KOTHARI, S.C.; ANDERSON, M.L. An open label study to determine the effects of an oral proteolytic enzyme system on whey protein concentrate metabolism in healthy males. J. Int. Soc. Sports Nutr; 5:10, 2008.
5.    DAWSON, B.; TAYLOR.; J.; FAVALORO. E.J. Potential Benefits of improved protein intake in older people. Nutr. Diet; 65 (2): 151 – 156, 2008.
6.    MORIFUJI, M.; SAKAI, K.; SANBONGI, C. et. al Dietary Whey protein increases liver and skeletal muscle glycogen levels in exercise – trained rats. Br. J. Nutr; 93 (4): 439-445, 2005.
7.    KATSANOS, C.S. PADDON-JONES, C.; ZHANG, X. et. al. Muscle Protein Synthesis in the elderly following Ingestion of Whey Protein or its Corresponding Essential Amino Acid Content. Méd. Sci. Sports Exerc; 38 (5):112, 2006.
8.    LONNERDAL, B.; Nutritional and physiologic significance of human milk proteins. Am. J. Clin. Nutr. 77 (6): 1537-43, 2003.
9.    PADDON-JONNES, C.; WESTMAN, E; MATTES, E. D. Exploring the impacto f hight – quality protein on optimal health protein, weight management, and satiety. Am J. Clin. Nutr; (87) 5: 1558-1561, 2008.
10.  HUANG. X; LIU, Y.; RAHARDJO, G.L. et. al. Effects of diets high in Whey, soy, red meat and milk protein on body weight maintenance in diet induced obesity in mice. Nutr. Dietetics; 65: 53-59, 2008.
11.  MERO, A. MIKULAINEN, H, RISKI, J. et. al. Effects of bovine colostrum supplementation on serum IGF-1, IgG, hormone and saliva IfA during training. J. Appl Physiol: 83 (4): 1144 – 1151, 1997.
12.  KEOGH. J. B.; CLIFTON. P. The effect of meal replacements high in glycomacropeptide on weight loss and markers of cardiovascular disease risk. Am. J. Clin. Nutr; 87 (6): 1602-5, 2008.
13.    PETROCZI, A. NAUGHTON, D. P. MAZANOV, J. et. al. Performance enhancement with supplements: incongruence between rationale and pratice. J. Int. Soc. Sports Nutr; 4: 19, 2007.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Campeonato Metropolitano de Mountain Bike 2012 6ª Etapa


Aconteceu na manhã deste domingo 22 de julho de 2012 o 6º Desafio Portella CALOI da Graciosa, prova que foi válida pela 6ª Etapa do Campeonato Metropolitano de Mountain Bike na belíssima estrada da Graciosa. A competição contou com mais de 200 atletas que disputaram os primeiros lugares em diversas categorias. Mas uma vez os atletas da GF CICLISMO/UNILANCE/CURITIBA estiveram presentes, sendo o destaque da Equipe o Atleta João Carlos dos Santos da categoria Master B que ocupou o 3º lugar no pódio da categoria. A além de muito disputada, serviu como treinamento para a 2ª Volta Ciclística das Nascentes que acontecerá no próximo dia 29, com largada em Piraquara e chegada em Sta. Felicidade, num percurso de 100 km pela região de Curitiba. 

 














A GF CICLISMO/UNILANCE tem o apoio das empresas: Copel, Consórcio Unilance, HigiControl - Soluções Ambientais, Nutriall - Produtos Naturais e Suplementos, AW Comunicação, Itupava Construções, Mauro Ribeiro Sports, Moldura Minuto, Dvd Caffé, Pedale Bikes, ReyMaster e SMELJ.



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domingo, 22 de julho de 2012

Fibras Alimentares


Por: Nutricionista Débora Mocelin CRN 1466
Especialista em Nutrição Esportiva (UGF-RJ)
Especialista em Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional (UNICSUL)
Consultório: (41)3024-1015 – 9904-1258
E-mail: debora.mocelin@gfassessoriaesportiva.com.br

A fibra alimentar é o material que forma as paredes ou membranas celulares das plantas. Todos os cereais, frutas e legumes contêm fibras alimentares, mas da mesma forma que a quantidade de calorias dos alimentos varia, ocorre o mesmo com a quantidade de  fibras dos diferentes alimentos. Nos cereais e seus derivados a quantidade de fibra depende em grande parte de quanto foi eliminado nos processos de moagem e refinação.
A maioria das pessoas não consome fibra alimentar em quantidade suficiente. Existem evidências epidemiológicas consideráveis e algumas experimentais que comprovam a importância de se acrescentar fibra alimentar à dieta como importante medida contra uma série de doenças crônicas como câncer, coronariopatia, obesidade, diabete, hipertensão e distúrbios do trato gastrintestinal.
O National Research Council sugere a ingestão de 20 a 25 gramas de fibras por dia.

Onde encontrar:
3 frutas                                             = 6 gramas
3 vegetais                                         = 9 gramas
3 fatias de pão integral                  = 6 gramas
½ xícara de leguminosas            = 7 gramas
1 porção de farelo de cereal         = 9 gramas

Desta maneira torna-se interessante a inclusão de suplementos alimentares para fornecimento de fibras.

Benefícios:
-          Ajudam a prevenir a prisão de ventre.
-          Promovem a saciedade
-          Aliviam os sintomas de diverticulose e hemorróidas.
-          Podem ajudar a reduzir o risco de câncer do cólon.
-          Ajudam a reduzir os níveis elevados de colesterol no sangue.
-          Reduz o risco de doenças cardiovasculares.
-          Ajudam a controlar o peso.

Como aumentar o consumo de fibras:
-          Coma as cascas de maçãs e de outras frutas e legumes.
-          Sirva verduras e legumes crus ou feitos no vapor.
-          Use cereais e pães de grãos integrais e arroz integral; evite produtos feitos com farinha branca ou altamente processada.
-          Caso não tenha tolerância a um alimento rico em fibras em particular, substitua-o por um outro semelhante.
-          Consuma suplementos ricos em fibras.

PRODUTOS RELACIONADOS:

- RIPPED AGEâ

- ACT MAX AGEâ

- WHITE TEA REDUCTION AGEâ GEL

- LINOLEN AGEâ

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. HYLANDER B. Rossner S. Effects of fibre intake before meals on weight loss and hunger in a weight reducing club. Acta Med Scand 213:217 – 20; 1983
2. TODD PA. Befield p. GOA K.L Guar gum: a review of its pharmacological properties ad use as a dietary adjunct in hypercholesterolemia. Drugs 39:917-28; 1990.
3. WILLIAMS MELVIN H . Nutrição para saúde, condicionamento físico e desempenho esportivo, 5º ed Manole, 2002.
 4. JENKINS DJA; KENDA I CWC. RANSOM TPP. Dietary fiber, the evolution of the human diet and coronaru heart disease. Nutr. Res. 18:633 – 52  1998 [review]
 5.  ROSSNER S.; VON ZWE GBERGK D., OHLIN A, RYTTIG K.R. Weight reduction with fiber supplements. Results in two doublé-blind studies. Acta Med Scand 222:83-8 1987.
6. WOLK A, MANSO JC STAMPFER MJ, et al Long-therm intake of dietaru fiber and decreased risk of coronaru heart disease among women. JAMA 1999; 281:1998- 2004.

sábado, 21 de julho de 2012

TALENTOS DISTINTOS


Por: Mauro Ribeiro


Talentos naturais. O ciclismo está repleto deles. Seja no monumental cenário europeu ou na cada vez mais defasada paisagem nacional. Seja no ciclismo de estrada ou no ciclismo de pista. Do multicampeão Tom Boonen ao polivalente Magno Prado. Todos construíram (e ainda constroem) sua história, mas de formas mais que distintas.

Compará-los? De maneira alguma. O histórico vitorioso de ambos (e o peso de tais vitórias) contrasta com o abismo de estrutura que cada um teve ao longo de sua carreira. Nascido na Bélgica, um dos países com maior tradição no ciclismo, Tom Boonen, hoje com 30 anos, teve ao seu dispor um processo mais do que natural entre seus conterrâneos. Já o nosso Magno, quatro anos mais novo, nascido em um país sem grandes referências no esporte, conviveu com as limitações e o já quase ultrapassado amadorismo do ciclismo profissional brasileiro, que segue com seus tropeços.

“Só quero ter sorte, o resto deixa comigo que eu resolvo”, disparou Boonen na coletiva de imprensa que antecedeu Flandres e Paris-Roubaix, onde tive oportunidade de estar e acompanhar de perto o desenrolar de seus triunfos. Muitos interpretaram o discurso dele como um prova de arrogância. Já eu defino como um estado de confiança que os grandes campeões devem ter. Como não ver nessa frase um reflexo do histórico do que ele alcançou e que fez dele o ciclista bem- sucedido que, no futuro, estará entre os maiores da Bélgica e até mesmo da história das clássicas?

Pode parecer absurdo, mas a sorte que favoreceu Boonen nas monumentais (seu principal rival, Cancellara, abandonou em Flandres) parece uma parceira distante dos ciclistas brasileiros. Até porque a sorte vem depois de inúmeros fatores. Se apenas ela contasse, qualquer um poderia alinhar para competir mundo afora.

Depois de respirar os bons ares da primavera europeia, foi uma satisfação retornar ao Brasil e ver que um dos nossos principais nomes da atual geração conquistou o título na Volta do Uruguai. Prova tradicional, e que teve a presença de ciclistas de renome da América Latina.

Magno mostrou ser completo, e uso esse termo comparado aos valores conhecidos por aqui e em terras vizinhas. Teria sim a capacidade de estar no universo dos grandes, mas tudo não passa de teoria. Fatores conspiram contra. O principal deles é o tempo, já que 26 anos é uma idade fora do padrão de transferências para a elite do ciclismo. O mesmo mal de Gregory Panizo. Se ainda é possível? Sim. Mas é preciso encontrar as pessoas certas, no momento certo. Esse momento pode já ter passado, sem que ninguém soubesse usufruir da capacidade de mais um talento brasileiro.

Culpa dele? Não. Foi o próprio Magno quem pagou por isso. Enquanto lá fora existem oportunidades, por aqui as portas se fecham com uma facilidade que surpreende o maior dos pessimistas.

Voltando ao fator sorte, acredito que ele até possa soprar a favor dos mais capacitados. Estar na hora e no lugar certos é muito importante — às vezes até mais do que as horas de treino. Mas é preciso muito mais para que possibilidade se torne realidade. Histórico não se constrói da noite para o dia, exige planejamento, e isso é uma carta mais do que marcada no ciclismo.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

BLOQUEADORES DE CORTISOL


Por: Nutricionista Débora Mocelin CRN 1466
Especialista em Nutrição Esportiva (UGF-RJ)
Especialista em Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional (UNICSUL)
Consultório: (41)3024-1015 – 9904-1258
E-mail: debora.mocelin@gfassessoriaesportiva.com.br 

O cortisol é um hormônio corticosteróide produzido pela glândula supra-renal e está envolvido nas seguintes atividades: metabolismo glicídico, regulação da pressão arterial, resposta inflamatória, sistema imunológico, entre outras.
Normalmente, os níveis de cortisol encontram-se mais elevados no período da manhã, em relação ao período noturno. Diversos estudos apontam o estresse como principal fator para a liberação do hormônio na corrente sanguínea, o que lhe foi denominado “hormônio do estresse”. A maior liberação de cortisol pode levar a perda de controle, depressão e, principalmente, distresse (estresse negativo). O cortisol, também tem sido bastante utilizado como medida fisiológica em estudos sobre estresse no esporte relacionado com a carga de treinamento e trabalho.
A grande problemática atual é que o estresse é uma constante na vida de muitas pessoas, gerando o estresse crônico e mantendo os níveis séricos do hormônio sempre elevados. Isto tem sido apresentado como fator para efeitos negativos no organismo, tais como: Dificuldade no desempenho cognitivo, ineficiência da tireóide, redução na liberação de insulina (hiperglicemia), diminuição da densidade óssea (osteoporose) e do tecido muscular, acúmulo de gordura, diminuição da resposta inflamatória, hepercolesterolemia, entre outros. Além de que, altas concentrações de cortisol são catabólicas.
A nutrição exerce efeito primordial no controle dos níveis de cortisol, quer seja pelo adequado suprimento de nutrientes ou pela influência sobre a liberação de hormônios regulatórios da liberação hormonal.

Vitamina C: Peter et. al avaliaram o consumo de vitamina C + matodextrina em  29 participantes de ultramaratona  e verificaram redução nos níveis de cortisol de 1200 mmol/l para 800 mmol/l. (7) Outro estudo avaliou os efeitos da vitamina C no cortisol e na taxa testosterona/cortisol e mostrou que atletas amadores que tomaram vitamina C diariamente melhoraram a taxa testosterona/cortisol em 20%. Esse tipo de queda nos níveis de cortisol pode levar a um aumento na hipertrofia muscular e melhorar a recuperação após os treinamentos. Além disso, a vitamina C ajuda a sintetizar colágeno no organismo.

Glutamina: Estudos demonstraram que a glutamina evita diretamente a degradação muscular provocada pelo cortisol. (9) Alguns dos efeitos positivos gerados incluem o aumento na síntese de proteínas, aumento nos níveis de GH (que pode contra-atacar os efeitos catabólicos do cortisol), efeitos de aumento de volume das células (que pode criar um ambiente anabólico nas células musculares) e determinar parcialmente a taxa de renovação de proteínas nos músculos.

L-Theanina: Encontrada nas folhas da Camellia sinensis possui ação  relacionada ao aumento da criatividade, aumento de capacidade de aprendizado, concentração e redução da ansiedade. No cérebro, a L-theanina aumenta a produção de serotonina e dopamina e aumenta as ondas alfa cerebrais, que têm a atividade de promover o relaxamento. (8)

A exposição ao sol das folhas de Camellia sinensis converte a theanina a polifenóis. Para preservar o seu conteúdo e o sabor característicos muitos produtores cultivam suas plantas longe da exposição direta ao sol.

PRODUTOS RELACIONADOS:

ELECTRO++ AGE OUTSIDEâ
GLICODRY AGE OUTSIDEâ
GLICOGEL AGE OUTSIDEâ

WHITE TEA REDUCTION AGEâ GEL


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1.    EBRECHT M; HEXTALL J; KIRTLEY L.G; TAYLOR A; DYSON M.; WEINMAN J. Perceived stress and cortisol levels predict speed of wound healing in health male adults. Psychoneuroendocrinology v. 29, n.6, p. 798 – 809. July 2004.
2.    FILHO M. G. B; RIBEIRO L.CS; MIRANDA R; TEIXEIRA M.T. A redução dos níveis de cortisol sanguíneo através da técnica de relaxamento progressivo em nadadores, Rev. Bras. Med. Esporte vol 8 nº4 Niterói July/ Aug. 2002
3.    VIEIRA J.G.H. et al. Desenvolvimento e caracterização de método para a dosagem de cortisol livre urinário. Arq. Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 44, nº 3 2000.
4.     RASK E. et al. Tissue-Specific Dysregulation of Cortisol Metabolism in Human Obesity. The Journal of clinical endocrinology & metabolism Vol. 86, nº 3, pafs 1418-1421, 2001.
5.    KRONFOL Z, HOUSE J.D. Depression, cortisol, and immune function. Lancet. 1(8384) : 1026-1027, nay, 1984.
6.    LUBY J. L. et al. Alterations in stress cortisol reactivity em depressed preschoolers relative to psychiatric and no-disorder comparison groups. Arch Gen. Psychiatry. N 60: págs. 1248-1255, 2003.
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terça-feira, 17 de julho de 2012

AUMENTO DA RESISTÊNCIA/ ENDURANCE


Por: Nutricionista DÉBORA MOCELIN CRN 1466

Especialista em Nutrição Esportiva (UGF-RJ)
Especialista em Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional (UNICSUL)
Consultório: (41)3024-1015 – 9904-1258
E-mail: debora.mocelin@gfassessoriaesportiva.com.br

A resistência, também conhecida como Endurance pelos atletas, é a situação que o seu corpo é submetido a uma condição de esforço intenso e você precisa manter a resistência física por tempo prolongado. Esta habilidade interfere diretamente na intensidade (velocidade, força, carga e explosão), na eficiência técnica, na adaptação do músculo ao movimento e no estado psicológico geral, que atribui forte motivação para persistir no esforço.
Para ajustar esta capacidade do organismo de resistir a limites cada vez mais exigentes de atividade física, o fator-chave é a combinação entre a fisiologia perfeita e o consumo de fluidos, nutrientes e suplementos. Isto significa que, quanto mais preparado estiver o atleta para captar, transportar e absorver o oxigênio e nutrientes para cada célula do corpo em movimento e, ao mesmo tempo, seus músculos estiverem fortes pelo abastecimento protéico e de glicogênio, com habilidade para rápida recuperação (o que é muito importante em esportes como o triatlon), mais preparado estará o atleta para o endurance.
Durante atividades físicas longas, principalmente maratonas e corrida de aventura, o atleta deve estar muito atento a reposição hídrica. O acúmulo de calor durante o exercício pode elevar a temperatura corporal a índices elevados, e uma das maneiras de perder calor é a sudorese. Entretanto, para que esse mecanismo não resulte em conseqüências negativas, é preciso repor as perdas induzidas por esse processo, seja de água, micronutrientes e carboidrato.  Além de melhorar a performance previne os episódios de cãibras e fadiga.

Fatores importantes para aumento da resistência/ endurance:

Fornecimento de energia: Carboidratos simples e complexos atuam na liberação gradual durante e após o exercício, reduzindo a sensação de fadiga. Com o estímulo da insulina, o carboidrato transforma-se em glicogênio para repor as perdas musculares.

Eletrólitos: Permitem hidratar mais rapidamente as células.

Recuperação muscular: Whey protein e BCAA’s condicionam o músculo para grandes esforços.

Proteção anticatabólica: A Glutamina peptídeo aumenta a imunidade e protege contra o catabolismo.

Oxigenação e energia: Extratos concentrados naturais de Açaí, acerola e guaraná  potencializam a habilidade em suportar grandes esforços aeróbios como a natação, atletismo e o triatlhon.

Proteção antioxidante: Reduz a formação de radicais livres produzidos durante a atividade física, evitando que causem danos às células musculares. O selênio associado à vitamina C, atua na prevenção do estresse oxidativo, garantindo disposição para treinos intensos e regulares.

Formação de ATP: A Ribose pode estimular a produção de ATP de forma imediata e dessa forma, permitir que os músculos continuem a trabalhar de forma otimizada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1.     IVY J, PORTMAN R. The performance Zone. Basic Health: 2004
2.     IVY J, PORTMAN R. Nutrient Timing. Basic Health: 2004
3.     MCARDLE WD, KATCH FI, KATCH VL. Sports & Exercise Nutrition. Lippincott Williams & Wilkins: 2005.
4.     MAUGHAN RJ et al. Restoration of fluid balance after exercise-induced dehydration: effects of food and fluid intake. J Appl Physiol 73:317, 1996.
5.     MONTAIN SJ, COYLE EF. The influence of graded dehydration on hyperthermia and cardiovascular drift during exercise. J. Appl. Physiol. 73:1340,1992.
6.     MURRAY R. Fluid needs in hot and cold environments. Int J Sport Nutr 5:S62,1995.