Por:
Nutricionista Débora Mocelin CRN 1466
Especialista
em Nutrição
Esportiva (UGF-RJ)
Especialista em Fitoterapia Aplicada
à Nutrição Funcional (UNICSUL)
Consultório: (41)3024-1015 – 9904-1258E-mail: debora.mocelin@gfassessoriaesportiva.com.br
O termo Whey protein ( do inglês, proteína do soro)
refere-se às proteínas isoladas do soro do leite. Essas proteínas são extraídas
da porção aquosa do leite gerada durante o processo de fabricação de queijos e
coalhadas. (1,2). Somente na década de 70 começou a ser pesquisado por
cientistas, que passaram a estudar as propriedades dessa proteína que
atualmente é conhecida como alimento funcional e de apreciáveis aplicações
nutricionais. (2).
Existem
diferentes tipos de produto à base de Whey protein disponíveis no mercado, que
se diferenciam quanto ao processo de extração; digestibilidade e velocidade de
absorção; teores de proteínas, gorduras, carboidratos, lactose e presença de
substâncias bioativas. Os mais comercializados atualmente são 3 formas de Whey Protein:
- CONCENTRADA, obtida através de um processo de
separação física, onde o produto acabado contém entre 25% e podendo chegar a 90%
de proteínas;(2)
- ISOLADA, obtida por sofisticada técnica de
separação química (troca iônica), contendo aproximadamente 95% de proteínas;(2)
- HIDROLISADA,
forma em que as proteínas encontram-se hidrolisadas, ou seja, na forma de
aminoácidos, possuindo alta digestibilidade e maior absorção.
Recomendações
diárias de proteína embasadas em estudos e pesquisas.
Tipo de
atividade
|
Recomendações*
|
Sedentários
|
0,8g/kg/dia
|
Exercícios
de resistência
|
|
Modalidades
intermitentes
|
|
Exercícios
de força
|
Fonte:
Campbell et. al. (3)
* Deve-se
considerar para esses valores a ingestão de proteínas provenientes alimentação.
* Segundo
Oben, Kothari e Anderson (4) uma dose de 15g consumida ao longo do dia de Whey
protein devido as suas características pode ser suficiente.
A Whey
Protein vem na maioria das vezes na forma de pó, sendo em potes com medidores com
uma quantidade já considerada ideal. Isso simplifica e muito a vida de quem
consome, pois são fáceis de comprar, preparar e estocar. Normalmente são
preparadas com água, leite desnatado ou de soja. Para muitas pessoas a Whey Protein se tornou
a fonte principal de proteínas devido a sua facilidade e qualidade.
CARACTERÍSTICAS
GERAIS:
- Palatibilidade
agradável;
- Praticidade
pós treinamento
- Praticidade
no dia-a-dia
CARACTERÍSTICAS
DA COMPOSIÇÃO
- Alto valor biológico (1, 5, 6)
- Quantidade significativa de leucina
(1, 7)
- Quantidade significativa de
glutamina (aminoácido
não essencial que promove efeito de volumização celular) (1, 7)
- Rica em BCAA’s (1,3, 7)
- Contém IGF-1 e IGF-2 (1, 11)
CARACTERÍSTICAS
FISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS
- Rápido esvaziamento gástrico (1, 2,
3)
- Rápida absorção(1, 2, 3)
- Estimula a liberação de IGF-1 (11)
- Melhora a biodisponibilidade de
alguns minerais (1)
- Aumenta o conteúdo de glicogênio
hepático e muscular (6)
- Combate de mecanismos proteolíticos
(5)
- Complemento para ressíntese protéica
(3, 7)
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO CONSUMO DE WHEY
PROTEIN NO ORGANISMO DA MULHER
- Melhoria da saúde óssea
- Antioxidante (2)
- Aumento do tônus muscular (5, 7, 11)
- Previne a perda muscular –
catabolismo (5)
- Manutenção da força (13)
- Auxílio do sistema imunológico (3)
- Proteção do sistema cardiovascular (12)
- Atividade antimicrobiana (8)
- Interferência na % de gordura
corporal (9)
- Melhora a biodisponibilidade de
alguns minerais (1)
- Promoção da Saciedade (9, 10)
Sabe-se que o processo do
envelhecimento está associado a inúmeras mudanças fisiológicas, entre elas a
perda drástica da massa corporal magra, uma causa determinante para saúde e
qualidade de vida (5). Sendo assim, Dawson et al. (5) exploraram os benefícios
do aumento da ingestão protéica em idosos, testando diferentes tipos de
proteínas, sendo a Whey protein eleita uma das melhores medidas de
suplementação a essa população em virtude de seus aspectos digestivos e da
eficiência na oferta de aminoácidos para síntese protéica.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1.
HARAGUCHI, F,K; ABREU, WC.; DE PAULA, H.
Proteínas do soro de leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações
no esporte e benefícios para a saúde humana. Ver. Nutr; 19(4): 479-488,2006.
2.
MARSHAL, K. Therapeutic applications of whey
protein. Alt Med. Rev; 9 (20): 136-156,2004.
3.
CAMPBELL, B; KREIDER, RB.; ZIEGENFUSS, T. et
al. International Society of sports nutrition positiion stand: protein and
exercise. Jl Int. Soc. Sports Nutr; 4(8), 2007.
4.
OBEN, J.; KOTHARI, S.C.; ANDERSON, M.L. An
open label study to determine the effects of an oral proteolytic enzyme system
on whey protein concentrate metabolism in healthy males. J. Int. Soc. Sports
Nutr; 5:10, 2008.
5.
DAWSON, B.; TAYLOR.; J.; FAVALORO. E.J.
Potential Benefits of improved protein intake in older people. Nutr. Diet; 65
(2): 151 – 156, 2008.
6.
MORIFUJI, M.; SAKAI, K.; SANBONGI, C. et. al
Dietary Whey protein increases liver and skeletal muscle glycogen levels in
exercise – trained rats. Br. J. Nutr; 93 (4): 439-445, 2005.
7.
KATSANOS, C.S. PADDON-JONES, C.; ZHANG, X.
et. al. Muscle Protein Synthesis in the elderly following Ingestion of Whey
Protein or its Corresponding Essential Amino Acid Content. Méd. Sci. Sports
Exerc; 38 (5):112, 2006.
8.
LONNERDAL, B.; Nutritional and physiologic
significance of human milk proteins. Am. J. Clin. Nutr. 77 (6): 1537-43, 2003.
9.
PADDON-JONNES, C.; WESTMAN, E; MATTES, E. D.
Exploring the impacto f hight – quality protein on optimal health protein,
weight management, and satiety. Am J. Clin. Nutr; (87) 5: 1558-1561, 2008.
10. HUANG. X; LIU, Y.; RAHARDJO, G.L. et. al.
Effects of diets high in Whey, soy, red meat and milk protein on body weight
maintenance in diet induced obesity in mice. Nutr. Dietetics; 65: 53-59, 2008.
11. MERO, A. MIKULAINEN, H, RISKI, J. et. al.
Effects of bovine colostrum supplementation on serum IGF-1, IgG, hormone and
saliva IfA during training. J. Appl Physiol: 83 (4): 1144 – 1151, 1997.
12. KEOGH. J. B.; CLIFTON. P. The effect of meal
replacements high in glycomacropeptide on weight loss and markers of
cardiovascular disease risk. Am. J. Clin. Nutr; 87 (6): 1602-5, 2008.
13. PETROCZI, A. NAUGHTON, D. P. MAZANOV, J. et. al. Performance enhancement with supplements: incongruence between rationale and pratice. J. Int. Soc. Sports Nutr; 4: 19, 2007.
13. PETROCZI, A. NAUGHTON, D. P. MAZANOV, J. et. al. Performance enhancement with supplements: incongruence between rationale and pratice. J. Int. Soc. Sports Nutr; 4: 19, 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário